terça-feira, 8 de julho de 2014

Os Arqueiros Medievais


Com a queda de Roma, o mundo europeu caminhou para uma nova forma de governo e sobrevivência. Com isto, as táticas de conquista de territórios também mudou, bem como a defesa dos mesmos. Nasceria, então, a Idade Média, com toda a sua mítica que envolve castelos, reis e batalhas intermináveis com espadas e escudos.

Neste contexto militar, surgiu uma figura muito importante que passou a ditar incisivamente o rumo das guerras: o Cavaleiro. Este se definia como um soldado montado, altamente habilidoso tanto com sua espada quanto em seu manejo sobre o cavalo. Seu poder ofensivo era tão grande que quando exércitos inimigos com cavalaria de ambos os lados se enfrentavam em alta velocidade, o impacto era extremamente violento.


Quando cavaleiros batalhavam contra soldados a pé, a força de ataque era ainda maior, uma vez que a cavalaria simplesmente atropelava a todos. Os que tentavam fugir eram rapidamente alcançados por um cavaleiro. Este aspecto militar requeria dos estrategistas novas táticas na batalha.

O SOLDADO DE LONGO ATAQUE

Os Arqueiros pareciam uma ótima opção, já que eles conseguiam atirar de longe, acertando seu alvo de lugares impossíveis para cavaleiros chegarem com facilidade. Para os amantes de Age of Empires 2 saberão que os ingleses foram supremos no manejo do arco e flecha. A prova verídica desta afirmação se deu na Guerra dos Cem Anos, travada entre ingleses e franceses. A França, com sua cavalaria imponente caiu várias vezes diante de um exército que, em certos momentos, teve arqueiros ocupando metade do seu número.

Na Batalha de Crécy, ainda na Guerra dos Cem Anos, o rei da Inglaterra, Eduardo III, menor número (aproximadamente 5 franceses para 1 inglês), ganhou o dia devido ao seu grande número de arqueiros. Há quem diga que os ingleses conseguiam, com seu arco longo, alcançar até 400 metros, mas nada hoje é capaz de comprovar esta distância.

Ilustração do ataque francês na Batalha de Crécy
Destaque na imagem para a cavalaria famosa da França
e defesa inglesa com arqueiros

PENETRAR OU NÃO PENETRAR?

Vemos nos filmes flechas certeiras transpassando o corpo do inimigo com uma velocidade violenta. Mas será que flechas de madeira com pontas de ferro eram capazes de invadir uma cota de malha, além do revestimento interno almofadado? O fato é que nem sempre isto ocorria. Mas a flecha não causa apenas estrago quando penetrava no soldado. O trauma contuso também era avassalador. Segundo alguns testes, a força era tão alta que uma rajada de flechas poderia gerar complicações internas graves. Esse era um dos motivos para o uso do aketon, um forro almofadado usado por baixo da cota de malha. Ele servia para evitar os estragos dos golpes contusos.

Com este potencial deste grupo de soldados, os fabricantes de armaduras mudaram muitos dos seus conceitos para criar peças de placas de ferro para o tronco, deixando de lado a mobilidade. Ao longo de alguns anos, essas placas foram se aperfeiçoando até chegar a um ponto em que muitos de nós reconhecemos, como na figura abaixo:


OS HERÓIS

Os arqueiros eram vistos por muitos na Idade Média como guerreiros covardes, que atacavam e fugiam sempre eram ameaçados. Seu objetivo não era o combate corpo-a-corpo. Mas isto não impediu que esse soldado com alto grau de especifidade não tivesse os seus representantes nas cantigas dos heróis.

Talvez o nome mais famoso entre eles é Robin Hood. Este soldado inglês, segundo a lenda, foi um fora-da-lei que viveu nos tempos do Rei Ricardo Coração de Leão. Se ele existiu ou não, carece de provas, mas o fato é que ele se tronou popular e hoje há uma série enorme de livros, filmes, animações e até documentários sobre ele. Uma alta produção cinematográfica de 2010 leva o seu nome. O filme foi estrelado por Russell Crowe e dirigido por Ridley Scott. No longa metragem é contado como a lenda do herói teve o seu início.



Um filme de 1991 que conta com Kevin Costner e Morgan Freeman no elenco, também conta a história deste mito arqueiro.


Além de Hood, poderíamos ainda listar uma série de arqueiros, como Legolas, da trilogia de Senhor dos Anéis, o quase esquecido Guilherme Tell, dentre outros. Mas isto fica para outro momento.

FIM DOS ARQUEIROS

Com a chegada da pólvora e das armas de fogo à Europa, os arqueiros foram aos poucos sendo considerado desnecessários, bem como as espadas. Entretanto, não há como negar a importância destes guerreiros nos campos de batalhas medievais.

4 comentários:

  1. Não gosto de arqueiros pra mim arma de covarde , nada como uma boa cavalaria passando por cima deles hehehehehe

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  2. Hahahaha Cavaleiros representa tudo o que é nobre na Idade Média. Este conceito difundido há anos nos faz ter um apreço pela unidade. Mas os arqueiros tem lá os seus méritos e dignidade, além de serem peças importantes de táticas de guerra.

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  3. Arqueiros são guerreiros inteligentes e bem treinados, e não ignorantes que so sabem levantar e abaixar uma espada. São a verdadeira força de um exército. Comissão de frente.

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    1. Isso mesmo! Exato! Arqueiros são demais

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